quarta-feira, 29 de abril de 2015

FDCL: Direito e cidadania são discutidos nas escolas

A escola municipal Michael Pereira Neto, de Congonhas, foi uma das que recebeu as palestras do professor Leonardo

Há 10 anos como professor na Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete (FDCL), Leonardo Alves Lamounier, discute o tema “Direito e Cidadania” com os jovens, por meio do projeto “Direito nas Escolas”. Para ele, o tema é importante porque é uma oportunidade para eles terem contato com o Direito, conhecer seus direitos e poderem atuar como cidadãos. Os jovens veem com grande interesse, sentem que são coisas que dizem respeito à vida deles e, por isso, participam muito das palestras.

O professor acredita que os alunos colocaram em prática os ensinamentos: “Espero que eles usem o que estamos ensinando, para que tenhamos cidadãos mais conscientes e participantes da vida do país no futuro. Além disso, é uma oportunidade para que a FDCL interaja com a comunidade que vive no seu entorno e que essa comunidade, por meio das escolas, também possa conhecer o trabalho da Faculdade. A FDCL presta um serviço à comunidade e recebe em troca a experiência de vida dos jovens e adolescentes que participam do programa. Desse modo, ela sai de seus domínios e vai ao encontro da sociedade”.
 
A escola municipal Michael Pereira Neto, de Congonhas, foi uma das que recebeu as palestras do professor Leonardo
Para o diretor-geral, professor Hamilton Junqueira, todos os projetos existentes na FDCL têm extrema importância não só para a Faculdade, mas também para Lafaiete e região: “Temos um papel social e estamos conseguindo cumprir com louvor. Cada vez mais as escolas têm nos procurados para fazer parte de nossos projetos”, conclui.


O diretor de Ensino Extensão e Pesquisa, professor Waidd Francis, ensina como participar: “Podem participar do projeto Direito nas Escolas instituições de ensino da rede pública e privada. Para conhecer mais sobre o projeto e agendar as palestras, é só entrar em contato com o Núcleo de Extensão e Pesquisa (NEP), por meio dos telefones 3769-1919 e 8634-1240, ou do e-mail nepfdcl@gmail.com”.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

A criança e a sociedade medieval

Tendo como base o livro “A história da vida privada: Da Renascença ao Século das Luzes”, coleção dirigida por Philippe Aries e Georges Duby e editada pela Companhia de Bolso, pode-se perceber que até o século XIX a sociedade europeia era rural e a natureza era a fonte da vida. Tinha-se a ideia da infinitude dos recursos naturais, o que assegurava a renovação de todas as espécies, inclusive da humana.

Até o século XIV, o nascimento da criança comumente dava-se em local fechado. Todavia, era comum a presença de vizinhos e parentes. Os primeiros passos do bebê eram em público, geralmente no cemitério ou igreja. Naquela época, eram comuns alguns rituais realizados com a criança, como depois do batismo rolar a criança no altar para fortificá-la. Era costume também padrinho e madrinha beijarem o sino ao sair da igreja para evitar a mudez da criança, dentre outras crendices da época.

A criança era vista como substituível. Na maioria das vezes, os pais e parentes não tinham afeto nem muita preocupação com relação aos cuidados básicos. A partir dos sete anos de idade a criança já era inserida na vida adulta e tornava-se produtiva na economia familiar. Os meninos acompanhavam os pais no campo e as meninas ficavam com a mãe aprendendo os afazeres domésticos, para tornarem-se donas de casa.

No fim do século XIV teve início uma nova forma de tratamento para com as crianças. Uma nova relação que se tratava de afirmar a preservação da vida da criança, um certo sentimento de cuidado, o medo da perda.
Até então, entregar um filho a uma nutriz era extremamente normal, uma prática conhecida e difundida. Presumia-se uma separação temporária, mas que por diversas vezes terminava com a morte da criança. O discurso médico condenava severamente tal prática, mas naquele momento outros valores se sobrepunham ao cuidado dos filhos.

A partir do século XV, a preocupação com o sentimento infantil possibilita o surgimento de uma série de disposições legais, que mesmo sendo pouco aplicadas, essa legislação reforça algumas preocupações concretas com relação à proteção das crianças.

Importante ressaltar que a evolução dos sentimentos com relação às crianças por parte do adultos em toda a Europa não foi manifestada de forma linear. Segundo os autores, “na França, por exemplo, o século XVII é um momento se não de reação, pelo menos de contenção. As convulsões políticas e religiosas constituem os sintomas de uma profunda crise de valores”. Há, nesse momento, inúmeras mudanças sociais.

A mudança cultural e social dessa época desperta o interesse pela educação. A Igreja e o Estado se encarregaram do campo educacional. Foram oferecidos alguns conhecimentos que os pais não seriam capazes de transmitir aos filhos. O casal, almejando o progresso dos filhos, era auxiliado pela Igreja e pelo Estado a deixar grande parte de seu encargo de educadores aos orientadores fornecidos por aquelas Instituições.

Helen Caroline de Jesus Almeida
Professor Waidd Francis de Oliveira
Projeto ECA nas escolas
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*Com objetivo de levar conhecimentos à sociedade, o projeto ECA nas Escolas tem sido realizado em parceria entre a Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete (FDCL), a Promotoria, o Conselho Tutelar e as escolas públicas de Lafaiete. O objetivo é explicar aos alunos, professores e diretores os “Direitos e Deveres da Família” e os “Atos Infracionais”, por meio da divulgação do Estatuo da Criança e do Adolescente (ECA).

sexta-feira, 6 de março de 2015

Aluna da FDCL produz vídeo sobre educação ambiental


A aluna do 5º período e pesquisadora do projeto Viva Nascente, Nayara Gonçalves Leijôto produziu um vídeo intitulado “Mudanças para melhorar o meio ambiente”, que tem como objetivo a educação ambiental não só dos alunos da Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete (FDCL), mas também da comunidade em geral. O vídeo agora será utilizado também pelo projeto “Direito nas Escolas” por meio de palestras sobre o tema para os estudantes do ensino Fundamental e Médio de Lafaiete e região. O diretor-geral, professor Hamilton Junqueira, parabenizou a estudante e aos colaborares pelo emprenho e o resultado final.

De acordo com a pesquisadora, a idéia do vídeo surgiu a partir da vontade de fazer algo diferente dentro do projeto Viva Nascente: “Tudo começou após uma conversa, no último dia letivo de 2014, com o professor Waidd Francis Oliveira. A partir deste momento comecei a procurar uma maneira dinâmica e diferenciada para repassar informações básicas e essenciais do Direito Ambiental, rompendo a seriedade de leis e normas. Após assistir um vídeo com minha avó, de 80 anos, pensei no que poderia fazer de maneira simples e atrativa. Desde então, foram vários dias idealizando a eficácia e a concretização de um vídeo para melhor satisfação de todos”, contou Nayara.

A estudante afirma que o objetivo é disseminar conhecimento: “No vídeo, informamos dicas básicas para que as pessoas revejam suas atitudes diárias e criem o hábito de repassá-las a novas gerações. O vídeo foi criado para atender a todos, principalmente crianças”, explicou. Nayara também destaca que contou com a participação de colaboradores Daniel Gonçalves Leijôto (UFSJ), Saymon Henrique Batista (UFSJ) e Natália Gonçalves Leijôto (estudante).

Com a ajuda dos colaboradores, a produção do vídeo foi dividida em tarefas: “Desde o corte de madeira para suporte da câmera até recortar as palavras de cerca de 50 revistas. Não é uma elaboração impossível de ser realizada, mas demanda tempo e paciência. Foram semanas para elaborar não apenas o roteiro, mas como organizá-lo e o que exatamente passar. Apesar da simplicidade, o vídeo exigiu muita calma e, quando concluído, superou nossas expectativas”, comemorou a estudante.

Nayara agora aguarda a reação do público ao ver o vídeo: “Espero que os alunos gostem do trabalho, que, apesar de simbólico, retrata dicas que contribuirão para a melhoria de nossa cidade e das pessoas e que tanto eles como todos aqueles que verão o vídeo levem o conhecimento adiante. O resultado final para mim foi uma realização. E ainda me deu um grande aprendizado: aquilo que uma pessoa faz sozinha fica bom, mas aquilo que ela faz em conjunto fica ainda melhor”.

Colaboradores

Os colabores do vídeo também comemoram o resultado final: “Nós ficamos lisonjeados pelo convite da Nayara, representando a FDCL, no Projeto Viva Nascente. A participação neste vídeo contribuiu não apenas para nosso aprendizado, mas para darmos valor a cada uma das dicas, que estabelecemos como prioridade para a mudança social. A conscientização e conservação do Meio Ambiente são foco também preocupante para nós que estudamos engenharia, pois como todos os projetos que fazemos na UFSJ a finalidade é a diminuição do impacto ambiental e o avanço tecnológico. Ficamos surpresos pela consideração da FDCL em nos agregar ao trabalho e de nos juntar ao desenvolvimento desta ideia que trará benefícios a todos”, afirmaram Daniel Gonçalves Leijôto e Saymon Henrique Batista.

Natália Gonçalves Leijôto também contou que gostou muito de atuar na produção: “Adorei fazer este vídeo, após concluir o Ensino Médio tive a oportunidade de participar junto ao Projeto Viva Nascente como colaboradora de informações para todos. Aprendi muito e hoje me sinto feliz por fazer parte de um trabalho que ira favorecer crianças, adolescentes e adultos”.

Vídeo

O vídeo tem duração de 14 minutos e 40 segundo e traz 10 dicas de como você mudando alguns hábitos pode contribuir para o meio ambiente. Ele está disponível no fanpage da FDCL: www.facebook.com.br/faculdadefdcl.

Viva Nascente


O “Viva Nascente” tem por objetivo conscientizar os alunos sobre a importância da preservação das nascentes, dentre outras questões ambientais, como a destinação correta do lixo: “O projeto já levou centenas de alunos da FDCL e das redes estadual, municipal e particular para conhecer a nascente do rio Bananeira, e Buarque de Macedo. Durante a visita técnica, os alunos caminham pela comunidade até chegar na nascente, onde tem explicações de como preservá-la”, explicou o diretor de Ensino Extensão e Pesquisa, professor Waidd Francis. As escolas interessadas em participar do projeto devem entrar em contato com o NEP, pelos telefones 3769-1919 ou 8634-1240, ou pelo endereço eletrônico nepfdcl@gmail.com.