quinta-feira, 2 de junho de 2016

Projeto Respeito nas Escolas garante aprendizagem mutua

 



A sexta-feira, 13 de maio, foi um dia diferente na rotina da escola estadual Geraldo Bittecourt. O educandário recebeu os acadêmicos e professores da Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete (FDCL) com o projeto Respeito nas Escolas. O objetivo é apresentar para as crianças e jovens temas do dia a dias como bullyng e maioridade penal, de maneira dinâmica com palestras, brincadeiras, teatro e muita interação. O diretor-geral, professor Hamilton Junqueira, garante que o projeto traz grandes benefícios para a sociedade: “O Respeito nas Escolas agrega conhecimento tanto para os nossos alunos quanto para os alunos das escolas e todos ganham com isso”, pontua.

Quem também concorda com a opinião é a professora da FDCL, Marta Mariza Barbosa Borges de Alencar: “Considero este projeto de suma importância para nossos alunos expositores, para a comunidade acadêmica e par a sociedade. Esse trabalho possibilita o intercâmbio da Faculdade com as escolas no sentido de contribuir com a distribuição de informações que, com certeza, fazem dos alunos pessoas melhores. Só a informação tem o poder de transformar as pessoas. Aos nossos alunos damos a oportunidade de retribuir à sociedade um pouco daquilo que eles conquistam enquanto bacharelandos”, explica.



A professora orientou os acadêmicos do 3º período AN que discutiram, juntamente com as crianças e adolescentes entre 12 e 14 anos, o tema ‘Bullying e o discurso do ódio nas redes sociais’: “Acredito que a escolha do tema tenha sido na disciplina ‘Tópicos de Ciências Jurídicas e Sociais’ em que temos trabalhado dois eixos fundamentais: o Discurso do Ódio com enfoque nos Direitos Fundamentais e as Redes Sociais. Essa escolha muito me alegrou por perceber que os alunos entenderam o perigo que o discurso do ódio representa na psique de cada vítima” explicou Marta que também garantiu que o maior benefício do projeto é a possibilidade de crescimento pessoal: “Realizar esse trabalho passa a ser uma responsabilidade saudável e agradável. Verifica-se, ao final das apresentações, a alegria do dever cumprido. E nós, professores, também aprendemos muito com eles. É uma verdadeira lição”.




Maioridade Penal


Aluna do primeiro período, Samantha Antonella Matosinhos Khater, fez parte do grupo que discutiu a Redução da Maioridade Penal, com alunos de 14 a 17 anos: “Escolhemos por ser um assunto atual na mídia, logo iria prender a atenção dos alunos. Além disso, levamos informações úteis para os que ainda não tivessem opinião formada a respeito. Levamos pontos a favor e contra, bem como as consequências de sua aprovação. Vejo o projeto como uma iniciativa incrível tanto para os alunos da FDCL quanto para os das escolas que nos recebem. Nosso grupo aprendeu muito nessa pequena apresentação. Isso é importantíssimo para as crianças e jovens, eles precisam disso, quanto mais informação eles puderem receber melhor será sua formação”, explicou.



Samantha também explicou que um dos objetivos foi atrair a atenção dos alunos: “O primeiro ponto atingido foi o visual, criamos um banner com a imagem de um menino atrás das grades e tendo de um lado pessoas que defendem a redução da maioridade penal e do outro aqueles que são contra. Em seguida perguntamos qual a posição deles a respeito do tema, se eram a favor ou contra. Logo, passamos para as questões históricas apontando informações sobre como eram tratadas as crianças séculos atrás, criando assim um impacto cultural visível nos alunos, já que eles não faziam ideia de como era a realidade das crianças naquela época. Depois informamos as principais vantagens e desvantagens apresentadas pela mídia”.


Menor infrator


Outro tema debatido foi Menor Infrator, também escolhido pela atualidade: “Apresentamos para alunos entre 16 e 18 anos e a questão de termos exclusivamente um estatuto para a criança e adolescente, não é de conhecimento de todos. Além disso, muitos acreditam que a redução da maioridade penal é a única solução, crendo que o menor nunca será penalizado pelas suas infrações. Por meio de pesquisas, desenvolvemos um interessante debate dentro da sala de aula, fazendo com que todos participassem. De uma maneira dinâmica mostramos para os jovens a existência do ECA e de suas penalidades, além de frisar a importância do ambiente escolar na vida de cada um”, explica o aluno o 2º período, Bruno Ferreira Barbosa.



O acadêmico acredita que o projeto veio para somar: “Digo por mim e por todos que foi de grande valia esta oportunidade e que com certeza participarei dos demais. O projeto Respeito nas Escolas foi altamente benéfico para o aprendizado de nosso grupo, além do mais, é interessante conhecer a realidade de quem tem um contato maior com o assunto. Gostaria de parabenizar a faculdade por promover este ensinamento tanto para os alunos, quanto para a comunidade lafaietense e frisar que a FDCL para a cidade é importantíssima, pois além de formar futuros operadores do Direito, a faculdade forma pessoas que podem multiplicar o aprendizado.


Bullying


Tamiris Maria da Paixão Pimenta fez parte do grupo da professora Marta e também aprovou o projeto: “O bullying apesar de ser um assunto novo, já vem disseminando sérios problemas, sendo muito complexo para ser enfrentado devido a dificuldade de fazer com que as pessoas, principalmente jovens e adolescentes, veem que esses atos, de ofender virtualmente, são tão nocivos quanto ofender fisicamente. Procuramos desde o primeiro momento fazê-los enxergar os males - por muitos considerados ‘brincadeirinhas’ - que o mundo virtual pode causar. E para ficar de uma forma atrativa para a gravidade da questão, usamos vídeos, imagens e histórias de jovens que já sofreram bullying. E como motivação, usamos relatos de pessoas que apesar de tudo conseguiram vencer o bullying através dos estudos” explicou.



A acadêmica também aponta benefícios: “É um projeto prometedor e que vai trazer muitos benefícios para jovens e crianças, pois apesar de ter muita informação, ela não é levada de forma correta e atrativa para eles, e o respeito nas escolas esta aí para quebrar essa dificuldade. Com a interação entre alunos e professores que pesquisam e discutem sobre os melhores assuntos e as melhores maneiras de levar conhecimento e consequentemente respeito para as escolas. É muito gratificante fazer parte de uma faculdade com um projeto tão importante como esse, pois não beneficia em conhecimento somente seus alunos, e acredito que também os professores, ele leva conhecimento para fora, cumpre com seus deveres sociais.


Psicopatia


Já os jovens de 17 e 18 anos discutiram o tema psicopatia, como explica o acadêmico do 3°BN, Tharley Flaviano Rodrigues: “Acreditamos que este assunto despertaria o interesse dos alunos para os quais iríamos falar. É importante abordar este tema por ser pouco falado no meio social, mas muito comum. Desenvolvemos nosso trabalho por meio de palestra, debate, apresentação visual com banner e panfletos entregues aos alunos. A interação foi muito boa, porque os alunos fizeram várias perguntas e demonstraram grande interesse”, conta.



Para finalizar, o Tharley reforça a relevância do Respeito nas Escolas: “Podemos dizer que a faculdade cumpre seu dever social e dos seus alunos para que sempre estudem mais. Acreditamos que o projeto deve continuar, porque além de edificar nossa formação profissional, também nos proporciona crescimento como pessoa, mantém o contato com a sociedade e busca direcionar os alunos para uma futura carreira”.

Veja mais fotos dos trabalhos.


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