quinta-feira, 26 de abril de 2012

A “invasão” de Jordânia

A “invasão” de Jordânia 

Publicado em 26/04/2010 

Tarcísio Henriques Filho (o autor é Procurador da República em Belo Horizonte, mas gosta de ser lembrado por sua amizade ao editor deste jornal eletrônico).

Numa época não muito distante, todas as notícias eram dadas pelas rádios e o país inteiro só se mantinha informado por eles. No interior do país, então, a dependência era ainda maior. 

O que vou contar aqui é um fato verídico e vocês podem confirmar através de uma simples pesquisa nos sites de buscas da internet ou conferir com alguns dos habitantes de Jordânia, uma pequena cidade no vale do Jequitinhonha, quase na Bahia. 

Nos conturbados anos 60, precisamente em 1967, durante o conflito armado no Oriente Médio, e ampliando as áreas de combate, o Estado de Israel resolveu invadir a Jordânia.

 Vejam vocês.

 Naquela ocasião o rádio transmitiu a notícia anunciando mais ou menos o seguinte: “Israel vai invadir a Jordânia com 1600 homens e 16 tanques blindados”.

A notícia correu pelo país, mas só teve repercussão em Jordânia. 

O Prefeito de Jordânia naquela ocasião, Valdívio Pereira de Sousa, conhecido como Valdivinho, era adversário político do então Governador do Estado, Israel Pinheiro, imaginou que o problema era com ele e resolveu se preparar para a “invasão”. 

A cidade toda ficou dividida e uma parte significativa dos moradores, armados, foram alojados em barricadas na entrada da cidade aguardando a chegada das “tropas” de Israel, no caso, permitam-me, do Governador Israel Pinheiro. 

Até hoje o caso é motivo de divergência entre os historiadores. 

Vejam, por exemplo, o que conta o Tadeu Martins, em versos “clássicos”, o que aconteceu: 

“No noticiário matinal da Rádio Guarani, o repórter anunciou essa manchete aqui: 

‘EXÉRCITO DE ISRAEL FOI PARA JORDÂNIA PRONTO PRA INVADIR’ 

O prefeito quase desmaia quando ouviu aquela notícia, chamou o seu secretário e ordenou com malícia: ‘Avisa pro Delegado pôr de prontidão a polícia’ 

Mandou a família pra roça, foi pro correio telegrafar pro deputado majoritário mandar homens lhe ajudar pois Dr. Israel Pinheiro vinha pronto pra brigar e explicou ao telegrafista, que ouvia tudo a sorrir, ‘Dr. Israel Pinheiro não gostou de ter perdido a eleição aqui e agora que tomou posse mandou o exército invadir’” 

Só com o passar do tempo o caso ficou esclarecido. 

O que sei é que durante muito tempo a população ficou apreensiva, esperando a chegada das “tropas”. 

O que pouca gente sabe é que o Sr. Lauro dos Anjos, antigo morador do povoado, por vias das dúvidas, fez com que o seu filho Antônio dos Anjos, então menino, fosse incorporado às tropas da cidade. 

Conheço uma foto, antiga, em que o menino, armado de estilingue, está de pé numa das barricadas instaladas na entrada da cidade, esperando as “tropas” do Governador chegar. Já naquele tempo, ainda de fraldas, o valente demonstrava sua conhecida coragem. Ficou conhecido a partir de então como “Cabra Macho” de Jordânia. 

O município deve muito à ele.
(Dedico esta história a Sra. Telma Campos dos Anjos, irmã do personagem principal).

terça-feira, 24 de abril de 2012

FDCL realiza projeto de conscientização ambiental

A FDCL realizará mais um projeto de extensão. Desta vez na área ambiental. Em uma parceria com a escola estadual Dr. Antônio Nogueira de Resende e com a comunidade do distrito de Buarque de Macedo, será desenvolvido um trabalho para capacitar os alunos a tornarem-se agentes ambientais.

Estiveram reunidos no sábado, dia 14 de abril, os professores da FDCL, Waidd Francis e Leonardo Lamounier, a diretora da escola, Shirley Aparecida Peixoto, e o líder comunitário do distrito, Marcelo Vani Lopes da Silva. Na reunião, foram traçadas metas para a realização do projeto – que terá aulas teóricas, ministradas na Faculdade de Direito, e práticas, desenvolvidas por meio de visitas à nascente do Rio Bananeiras, situada em Buarque de Macedo.

O objetivo do projeto é capacitar inicialmente os alunos da escola Dr. Antônio Nogueira de Resende para tornarem-se os anfitriões de outras escolas interessadas em participarem do projeto.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Houve um tempo em que o mundo não reconhecia as crianças


Por serem seres inocentes que necessitam de cuidado e proteção, as crianças merecem atenção especial da sociedade e do poder público. Porém, ao longo da história esta concepção nem sempre foi efetivamente aceita. Até meados do século XVII, por exemplo, as crianças sequer eram tidas como sujeito de direitos, sendo confundidas com os adultos. Neste texto, temos o objetivo de discutir algumas questões relativas à criança ao longo da história, sobretudo à conquista de seus direitos.
 Primeiramente, é preciso analisar o fato de que os termos criança e infância possuem significados distintos de acordo com o tempo e com a ideologia vigente em determinada época. Infância é originária do latim infans que significa aquele que não fala. Com base nesse conceito, já se percebe que a criança é excluída do direito de ser considerada “sujeito”, pois é vista sob a perspectiva do adulto. Como prova disso, podemos aqui mencionar a arte anterior ao séc.XVII, em que a criança era retratada com as mesmas roupas usadas pelos adultos e realizando as mesmas tarefas que eles desenvolviam.
 O brincar era desconhecido pelas crianças, as quais, desde cedo, eram introduzidas no mundo das responsabilidades e tratadas como adultos em miniatura. Maria, 10 anos, pastora. José, 9 anos, aprendiz de marceneiro. Assim eram registradas as crianças escravas nos documentos, como nos testamentos e inventários, do Brasil do século XIX, sempre reconhecidas pelo ofício por elas desenvolvido.

   Somente no final do séc. XVII é que surge o “retrato da família”, onde a criança é apresentada com aparência de criança e brincando. As mudanças foram realizadas em diferentes aspectos. Num primeiro momento, as crianças eram tratadas como sendo um brinquedo ou animal de estimação para entreter os pais. Quando se descobre o mundo próprio da infância, a criança é vista como um indivíduo próprio, e não extensão dos pais, começando a preocupar-se com a saúde, educação e com suas necessidades próprias do universo infantil. 

Nesse contexto e sob influência da Europa, surgem no Brasil as primeiras manifestações de um direito voltado à infância e juventude, que, inicialmente era apenas assistencialista. Em 1979, é aprovado o Código de Menores. E, finalmente, em 1990 é promulgado o ECA, cuja função é regular e dar efetividade às regras constitucionais de 1988 direcionadas para a infância e juventude.



Texto:  Adriana Grossi Dornelas e Jéssica M. V. Coelho - Projeto ECA - FDCL

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Professor Hamilton Junqueira recebe comenda Allex Milagre


O Diretor da Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete (FDCL), professor Hamilton Junqueira, foi um dos 25 agraciados com a comenda Historiador Allex Milagre. A entrega da medalha foi realizada na terça-feira, dia 27, no auditório da Semed, homenageando todas as pessoas e instituições que participaram, de alguma forma, na vida de Allex Milagre.

A entrega da medalha faz parte do projeto Caminhos de Conselheiro Lafayette, desenvolvido por meio de uma parceria entre a FDCL, do grupo Lesma e da Prefeitura municipal. A comenda recebeu este nome por Allex Milagre ser o único biógrafo lafaietense do Conselheiro e Jurista Lafayette Rodrigues Pereira.

Na mesa de honra, além do professor Hamilton, estiveram o promotor e curador do patrimônio histórico, Glauco Peregrino, o presidente da Lesma, Wagner Vieira, o pai de Allex Milagre, José Bonifácio Milagres, o professor Mauro Filó, representando o deputado Estadual Lafayette Andrada, e o Secretário de Cultura, João Batista da Silva Neto.






quarta-feira, 4 de abril de 2012

FDCL disponibiliza sede para a realização do projeto Caminhos de Conselheiro Lafayette

O saldo foi positivo na primeira etapa do projeto Caminhos de Conselheiro Lafayette. Palestras, homenagens e exposições fizeram parte dos trabalhos. Uma das grandes conquistas, muito comemorada pela Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete (FDCL), pela Liga Ecológica Santa Matilde (Lesma) e pela Prefeitura Municipal, foi a inauguração da sede do projeto, realizada na terça-feira, dia 27.

Em seu pronunciamento, o diretor geral da FDCL destacou a preocupação da entidade em trabalhar junto com a comunidade: “Podemos comprovar isso por meio de projetos de pesquisa e extensão realizados. Alguns especificamente desenvolvidos pela FDCL, outros, em parcerias com outras instituições. O Caminhos de Conselheiro Lafayette vem ao encontro dos ideais da FDCL: resgatar e ampliar a memória de nosso município e daqueles que, a seu tempo, contribuíram para o seu crescimento”.

Para o secretário de Cultura, João Batista da Silva Neto, a inauguração é motivo de comemoração: “Essa é mais uma parceria que irá render resultados positivos para a divulgação, conhecimento e preservação da história de Conselheiro Lafayette”.

O presidente da Lesma, Wagner Vieira, contou que o projeto surgiu há muito tempo quando o grupo lançou o livro de Allex Milagre que relata a biografia de Lafayette. De acordo com Wagner, a intenção é divulgar a vida e a obra do patrono de nossa cidade.

Neste espaço, que foi concedido pela Faculdade de Direito, serão abrigados os trabalhos de resgate, a vida e obra de Lafayette Rodrigues Pereira. Lafayette foi um grande advogado, jurista, político, senador do império, ministro do conselho e também juiz no tribunal internacional. Ou seja, uma representação internacional da área do direito, por isso, o estudo de sua obra se torna tão importante para a cidade que recebe seu nome. A sede fica na rua  Comendador Lalão, nº 59 A, Centro.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Acadêmicos da FDCL participam do programa Justiça em Foco

Os alunos da Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete (FDCL), Andrea Sebastiana, Bruna Eloí e Jhonny Raphael, fizeram uma participação importante no programa Justiça e em foco, da rádio Cárijos AM. Eles explicaram o projeto de extensão “Direitos e oportunidades para melhor idade”. O projeto tem o objetivo de divulgar o direito do idoso.

Além da participação na rádio, os acadêmicos já conheceram o projeto Vida Ativa e realizaram trabalhos Aicol e no Centro de Referência do Idoso.







Alunos Bruna Eloí, José Márcio e Eduardo Lameu, em uma reunião realizada no dia 5/03

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Projeto leva alunos de escolas públicas e particulares para a FDCL

Sob a coordenação dos professores Anna Cláudia Diamantino Saraiva e Leonardo Alves Lamounier o projeto FDCL nas escolas tem dado bons resultados.  A idéia é levar os alunos de escolas públicas e particulares para dentro da Faculdade de Direito. As turmas se encontram durante dois sábados e aprendem um pouco mais sobre o direito do consumidor.

De acordo com Anna Cláudia, o projeto está sendo um sucesso: “Os alunos vem com grandes expectativas. São muito educados e estão realmente abertos ao conhecimento. O FDCL nas escolas é de grande relevância. Como educadora eu me sinto muito bem”.

Alunos da Lopes Franco participaram nos dias 3 e 17 de abril



Nos dia 17 e 31 de abril, os alunos do Monsenhor Horta participram do FDCL nas escolas



Alunos do Nazaré também participaram do projeto, nos dias 3 e 10 de abril