quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Contribuição para o “Talentos FDCL” cresce a cada dia

Flávio está no 3º período na FDCL e incentiva a escrita e a leitura
A iniciativa da Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete (FDCL), por meio do Núcleo de Extensão e Pesquisa (NEP), em apoiar escritores, continua dando bons resultados. O aluno do 3º período Flávio Martins Siqueira é mais um que colaborou para o “Talentos FDCL” espaço no blog do NEP onde são publicados crônicas, poesias, contos e artigos não científicos.

Com 31 anos, Flávio conta que começou escrever ainda adolescente: “Comecei quando tinha 14 anos. Sempre fui muito imaginativo, e nessa época lia os clássicos, permeando – os com a série vaga-lume. Depois que lia ou ao meio de algo que muito me impressionava, fazia minhas “estórias” para dar vazão a toda minha imaginação desperta. Comecei a escrever poemas também, bastante melancólicos, pessimistas e rebeldes, que refletia muito minha alma adolescente. Influência de Legião, Nenhum de Nós, Goethe, Baudelaire, Álvares de Azevedo... aos vinte rasguei quase todos. Sentia que era minha maneira de trocar a pele. Agora vejo que fora uma fase fantástica, singular, parte imprescindível do meu caráter de então”.

Hoje, Flávio é bem eclético na hora de escrever: “Gosto de escrever contos, (sua grande maioria de terror) pensamentos (aos quais intitulo de avulsos), história infantil, que acredito ser a principal ferramenta para educar os “grandes”, poemas, quando estes quase me pegam pela mão me obrigando a escrevê-los, num processo que chamo de fermentação, que quando chega ao seu ápice já não posso mais ruminá-los e assim despejo no papel. Alguma coisa de prosa poética, uma indecisão entre um poema e uma historia. Alguns lampejos dadaístas, que muito me diverte”.

O escritor conta que tem apoio de familiares e amigos que o incentivavam em seu hobby: “Alguns dizem até para eu encarar isso mais a sério e deitar a mão e soltar esses pássaros todos. Gosto de brincar com eles e dizer que é um processo dolorido, que suga muito do corpo essa cabeça quixotesca. Que seria melhor ter uma impressora ligada ao cérebro e pronto. Se saísse algo ruim ou que incomodasse o outro era só descartar”, brinca.

Flávio tem cerca de 80 textos escritos. Além de um livro infantil no prelo intitulado “Morceguim, o morcego que gosta de flores”, um livro com alguns contos macabros e um de poemas esparsos intitulado “Quase alguma poesia” em referência a Drummond.

Para Flávio ter imaginação é o principal para que um texto fique bom: “Saber também explorar as inúmeras possibilidades de “jogo e ritmo” que as palavras nos permitem, tentando captar, buscar mesmo, um estilo próprio sem se preocupar muito com normas limitadoras. Mas sempre a nossa crítica é a pior, se conseguir vencê-la, vencer seus olhos de lince, está bom”.

O escritor finaliza elogiando o espaço que a Faculdade de Direito dá à literatura: “Achei muito, muito bom! Uma ótima maneira de ‘clandestinos’ depositar suas relíquias sujas aos olhos de interessados. Melhor dizendo, uma boa oportunidade de pessoas que gostam de escrever divulgar suas ideias e compartilhar suas opiniões com os demais. Uma ferramenta cultural muito criativa e oportuna, já que acredito haver aqui na FDCL muitas pessoas potencialmente criativas que têm muito a dizer e a se mostrar para crescimento de si o dos demais. Claro, e nos deliciar também”.

Para participar, envie seu texto para o e-mail nepfdcl@gmail.com. Para conhecer os textos de Flávio e de outros escritores, acesse http://nepfdcl.blogspot.com.br/.

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