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Makota Guialomim
fundou o projeto Arerê para quebrar preconceitos |
Dentro do projeto de promoção da igualdade étnico-racial e
minorias, a Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete (FDCL) busca divulgar
os grupos e projetos que resgatam e valorizam a cultura afro-brasileira. Em
Lafaiete, há diversas pessoas que trabalham com o objetivo de resgatar e manter
a cultura afro-brasileira, como Eva Lúcia Oliveira Ferreira, presidente do
Grupo de Cultura Arerê-CL e funcionária do Núcleo de Práticas Jurídicas da FDCL
(NPJ). Ela criou, em 2013, o “Arerê: Cultura, História e Meio Ambiente”, diante
da necessidade de lutar contra a intolerância religiosa. No Candomblé, Eva é
chamada Makota Guialomim - Makota é o cargo de quem prepara os orixás para as
danças e tudo que for relacionado a eles, e Guialomim é o nome que foi lhe dado
pelos orixás em Bantu (linguagem africana).
Makota Guialomim explica como nasceu o grupo: “O Arerê
surgiu por uma questão de intolerância religiosa, quando meu terreiro foi
denunciado aos Bombeiros. Hoje, nos adequamos a todas as exigências e seguimos
fortes. O primeiro encontro foi realizado com o apoio da Secretaria Municipal
de Cultura de Lafaiete, onde foi cedido o Teatro Municipal, em 28 de setembro
de 2013, para realização de uma palestra. O tema foi “Políticas públicas para
povos de terreiro”, ministrada pela coordenadora do Centro Nacional de
Africanidade e Resistência Afro-brasileira (Cenarab), Makota Celinha
Gonçalves Souza”, explicou.
O objetivo, segundo Makota Guialomim, é resgatar e divulgar
a cultura afro-brasileira: “Assim como a importância e sabedoria junto às
ervas, que hoje auxiliam muitos pesquisadores. Um trabalho reconhecido e feito,
muitas vezes, com o povo de terreiro que é grande conhecedor nesta área. Lutar
contra o preconceito e a desigualdade racial e ao direito à liberdade de
reconhecimento e de crença, como prescrito na Lei 12.288/10 [lei que institui o
Estatuto da Igualdade Racial]”, explicou.
Objetivos e conquista
Entre as conquistas do Arerê, Makota Guialomim destaca
algumas apresentações como 1° Encontro Cultural para Povos de Terreiro e Fórum
da Igualdade Racial em nossa cidade, em 2013; apresentação na praça Barão de
Queluz – mês da Consciência Negra, em 2014. No ano passado, o grupo realizou
apresentações em outras cidades e também em outros estado, como o 10º Encontro
do Fórum da Igualdade Racial, em Espera Feliz (MG) e 1° Seminário Nacional de
Povos de Comunidades Tradicionais de Terreiro, em Teresina (PI).
O projeto Arerê ainda busca alcançar alguns objetivos, como
aprovação de um projeto junto a Câmara Municipal de Conselheiro Lafaiete, para
a realização de uma oficina profissionalizante com aprendizados culturais;
apresentar às secretarias de Igualdade Racial e Direitos Humanos, o Plano
Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de
Matriz Africana e conquistar uma biblioteca.
Diretoria do Arerê
Segundo Makota Guialomim, hoje, seguindo o estatuto da
entidade, o projeto conta com 11 pessoas e vários colaboradores: Eva Lúcia
Oliveira Ferreira (presidente), Francisco Soares da Silva (vice-presidente),
Alice Rodrigues Vieira (1ª secretária), Ronan dos Santos Vieira (2º
secretário), Nayara Mara Ferreira Gonçalves (1° tesoureira), Bruno Arides
Batista Ciriaco (2º tesoureiro), Osmir Camilo Gomes, Wagner José Vieira, Márcia
Aparecida Rocha (efetivos do Conselho Fiscal) e Nicia Silva e Margarete Lucia
Manoel Machado (suplentes).
Para obter mais informações sobre o Arerê, entre em contato
com a Makota Guialomim pelo e-mail: grupoarerecl@hotmail.com, ou pelos
telefones (31) 3762-0606, 98627-4858, 98832-5919.
A Faculdade de Direito produziu um vídeo sobre o projeto
Arerê, que será disponibilizado na página www.facebook.com.br/faculdadefdcl