A visita técnica foi aprovada pelos alunos e professores |
Os
alunos da disciplina optativa Direito e Sociedade realizaram, juntamente com os
professores Mateus de Moura Ferreira e Mauro Savino Filó, uma visita técnica à
cidade de Ouro Preto. O objetivo é, segundo os professores, desenvolver nos
alunos um senso crítico quanto à importância do patrimônio histórico e
artístico nacional. Eles conheceram a Casa dos Contos e o Museu da
Inconfidência.
De
acordo com o professor Mateus, as visitas são extremamente benéficas para a
comunidade acadêmica, uma vez que aproximam os alunos da prática. “Estudamos a
proteção dos bens culturais na Constituição de 1988 e a visita à cidade de Ouro
Preto serviu para mostrar a importância deste tipo de tutela na construção do
Estado Democrático de Direito. A visita técnica é um importante instrumento
educacional, uma vez que proporciona a interação entre teoria e prática no
Ensino do Direito”, explicou.
A
aluna Sheila Fabiana dos Santos aprovou a visita: “Achei muito interessante a
proposta dos professores Mateus e Filó em reunir em uma disciplina a teoria e a
prática. Aprendemos um pouco em sala de aula sobre instrumentos de proteção ao
patrimônio histórico e depois fizemos a visita a Ouro Preto. O professor Mateus
explicou que, como a capital mineira mudou de Ouro Preto para BH, a cidade
ficou esquecida no tempo e preservou suas características. Só após muitos anos
ela foi tombada como patrimônio nacional. Explicou também que o termo
‘tombamento’ advém da Torre do Tombo, o arquivo português onde eram guardados e
conservados documentos importantes”, disse.
Ainda
segundo a aluna, muito conhecimento foi absorvido durante a visita técnica:
“Visitamos o Museu da Inconfidência, que preserva a história do movimento de
independência de Minas Gerais. Nele, encontram-se móveis, trajes, documentos,
restos mortais dos inconfidentes que haviam sido degredados para a África, bem
como as traves da forca de Tiradentes. Antes havíamos conhecido a Casa dos
Contos, que recebe esse nome por estar relacionado à cobrança de impostos; os
contos eram a moeda da época. O ouro extraído da região era levado para lá,
onde era pesado, fundido, transformado em barra e devolvido para o dono. Porém,
descontava-se 1/5 na forma de imposto. Daí a expressão ‘quinto dos infernos’.
Achei o passeio muito agradável porque, além de aprender de forma descontraída,
foi uma oportunidade para estreitar os laços de amizade entre a turma”, relata.
Recém-aprovado
para o 5º período, Ivalde Antônio de Freitas Neto Junior afirma que achou a
visita sensacional: “Saímos desse ambiente acadêmico de todos os dias para
irmos para outra cidade. Embora fosse uma matéria optativa, muitos alunos estão
no meu período regular. E lá em Ouro Preto o aprendizado foi muito importante e
o passeio que fizemos à Casa dos Contos foi muito legal, mas, para mim, o Museu
da Inconfidência foi incomparável. Em resumo, foi uma grande aula da história e
da cultura mineira que tivemos. E o intuito da disciplina Direito e Sociedade é
justamente esse: sair do dia a dia para podermos discutir e aprender”, pontua.
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